domingo, outubro 18, 2009

Sonhando com Paris




Sonhei que embarcava para Paris e me dava conta de que não havia colocado muitas coisas na mala. Voltava para casa para pegar meias, botas... ( no sonho eu estava com elas, lembro bem de uma cena em que me abaixava para fechar um ziper na calça preta de boca estreita). Tenho saudades de usar uma calça comprida- aqui não uso nunca.
Quando eu esperava neus filhos tinha um sonho semelhante, eu estava angustiada porque precisava ir parir e não estava com as roupinhas todas em dia- e eu arrumei minha mala bem antes do parto- era pura insegurança. Às vezes penso que fui só para Paris, falando mala língua, nunca havia saído do Brasil e circulei só por tudo- fui corajosa- agora de longe volto a ter receios. Algumas vezes me confundi no metrô, mas nunca tive medo. Encarava com humor. Não tive medo lá- não senti perigo no ar. Aqui tenho mais medo.

by Willy Ronis/Place Vendôme, 1947


O sonho era angustiante, eu 'sabia' que poderia perder o voo.

Este sonho foi antes das personagens da novela no avião.

Tenho muitas saudades. Vejo a cidade e tento lembrar mais, posso 'ver' ainda as ruas por onde passava de ônibus, a Opéra...mas vão diluindo(fading). Não lembro do nome da estação do metrô, estas coisas*. Hoje amanheci tentando lembrar de Gare Saint-Lazare- onde eu passava todos os dias. A rue de Rome, o nome da loja Tati, onde compra-se roupa baratíssima. O Mercado das pulgas...

A Place Vêndome, chiquérrima:
Torta porque tirei de um ônibus em movimento- aqueles de dois andares.

Preciso voltar a sonhar- ando sem sonho algum- Paris é um bom começo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sonhar com Paris, é boa coisa. Tres chic. Nao conheço esse lugar Tati, que pena. Mas minha irma ja deve saber do que se trata. Pois olha doutora, esse ta dificil de "interepretar" ate´por que, quem tem que dar sentido é voce né? Boa! Escapei, ehehehee.
Eu vi o til. do seu novo post sobre o Helio Oiticica, deve ser o post abaixo desse. Foi lamentavela perda, e o familia responsavel, um louco de guardar as obras , patrimonio nacional , de forma tao inconsequente. Isso é que é ganancia que poe tudo a perder. Uma vez eu soube que a gente nao ouvia as poesias da Cecilia Meireles, por que a filha Maria Ferananda, cobrava um absurdo de direitos autorais. Achei-a meio ladra da memoria da mãe. Mas esse caso é muito pior. As poesias da Cecilia, estao na nossa memoria , nos livros. As obras ao vivo de Oiticica, nunca mais.
Bjos e boa semana,
Cam
ps- Eu adoraria viver e vestidinho,mas aqui, nao da. A gente nunca esta satisfeito com o que tem nao é? Faz parrrrte.