quarta-feira, julho 01, 2009

Enquanto os grilos cantam...




Fiz um post enorme, sumiu porque apertei sem querer uma telha, que m.
No Outlook não consigo inserir merda. Que educado este correio. Eu escrevo lá. Por que? Prefiro, vivo lá :) erro muito ao escrever aperto espaço antes da hora sempre. Que é sempre qu e. :)

Amanheceu com chuva, fez sol, choveu, fez sol. Minha cabeça dói. A médica da acupuntura me disse que eu sou Terra e sofro com vento e umidade. Sou Terra no horóscopo também, sou bem virginiana em muitas coisas. Já fui arrumadinha, depois dos filhos perdi o prumo. Para a dor tomei Sumax, conhecem? Caro, mas faz efeito. Amanhã tenho acupuntura de novo, ainda bem.

Dormi de tarde, acordei com barulho de canos jogados aqui na frente- para o toldo da festa. Queria sumir, acho que vou para a casa de minha cunhada, lá tem espaço e é tranquilo- não vou aguentar esta festa, já sei, não estou suportando barulho, a cabeça dói.

Sonhei que o gato Seinfeld estava doente, doença da mosca, ai que nojo. Na casa da mãe tínhamos um cão, Laio, sofreu com esta doença nojenta, tadinho, sofreu depois porque caiu do primeiro andar, passou o ultimo ano de vida chorando de dor, eu tinha tanta pena, dava calmante para ele às vezes. Os nomes dos cães da minha mãe: Laio, Gradiska, Zampanô, Luna... Tivemos cães sempre, a casa era grande, muro baixo- só entrou ladrão uma vez. Um amigo me disse que casa devassadas são menos vulneráveis pela visibilidade da rua- deve ser verdade, minha mão viveu lá mais de 30 anos.
Sonhei também que ao dar gorjeta para alguém, me atrapalhava com as moedas- sempre acontece- e ele ficava com cinco reais, eu fico zangada e o firo com algo pontiagudo e fujo, ele quer me matar. Cruzes! que sonho.

Já esqueci o que havia escrito no post perdido :)

Estou sem manteiga, para comprar preciso pedir por telefone, não vou subir ladeira e andar não sei quanto para comprar.
Meu filho foi com o carro. Saudades de uma cidade grande. Já? Já. Gosto de descer e ter tudo perto como vivi sempre no Rio. Conversava com todo mundo na rua. Acho que não vou aguentar muito viver aqui.
Em Paris a padaria era em frente, no Rio na esquina.
Ontem uma cliente disse: Estou aborrecida com minha irmã, ela falou para amigas minhas que estou ficando louca porque estou fazendo análise.
Como mudar esta mentalidade? Difícil, é muito lento. Eu nunca atendi loucos, nada contra, vocês sabem, mas quem nos procura para análise são pessoas que querem crescer, desatar nós que atrapalham, nunca loucos.
O Bruno Gagliasso está bem no papel de psicótico. O texto é didático, soa falso, mas ele está muito bem, me comoveu outro dia- parece real. Fez Van Gogh no teatro.
É difícil encontrarmos pessoas neste estado, todos estão sempre medicados, nos hospitais ficam com impregnação- termo que
se diz quando o remédio tem efeitos colaterais, dopa, é triste. Será que isto mudou?
Acredito que tenham mias recursos medicamentosos, mas, creiam, muito não mudou.

Eu trabalhei com pacientes psiquiátricos em 73, 74, por ai. Na Casa de Saúde Dr. Eiras e na Clínica Villa Pinheiros- onde foi internado o filho do F Gullar, ele contou outro dia, vocês viram? Levou anos para falar publicamente, direito dele, o que a gente tem a ver com isto? Mas eu penso que se ele falasse antes ajudaria a diminuir o preconceito. O filho dele era muito jovem, frágil, lembro dele dormindo, encolhido. Eu estava de plantão no dia em que foi internado, nem conhecia o FGullar a não ser de nome. Ele estava com a mulher. Depois eu os via na praia na Farme de Amoedo, o filho junto, algumas vezes. Ficavam num grupo grande. A praia era uma festa, encontro certo de amigos.


Hoje no Fora de pauta do Nassif alguém falava num comentário muito bem escrito sobre a normalidade, todos precisamos ser normais- uma forma. Ele se referia às Síndromes excessivas que existem, tudo é anormal, até colecionar selos- não disse assim, eu estou dizendo.

Xô nostalgia.

Agora parou o vento, ouço os grilos cantando. A lua está crescendo, antes de dormir olho a lua.

2 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Olha, Laura, eu acho que cheguei a um ponto na minha vida que quanto mais velho eu vou ficando, mais esquivo das grandes movimentações eu fico. Não ficaria isolado, contudo, gosto de viver numa cidade mediana, que brinca de gente grande, mas não passa de uma criança boba. Por exemplo, eu tenho um Rio em minha cabeça, mas eu sei que ele não existe mais, assim não morro de saudades de lá, assim como Sampa, onde eu tbm vivi. Até a minha cidade natal, Recife, não me atrai, pois a cidade que eu adoro não existe mais. Assim, vou com o vento pra onde ele sopra, mas sempre a seu favor, que ninguém é de ferro. rsss

Outra coisa, quanto as dores de cabeça, não sei o que isso faz muito tempo, lamento por você. Que tal homeopatia? Parece que ela tem resolvido N enxaquecas por aí.

bxinhos
Hélio
PS: Tem um novo continho desbocado lá no Verso e Prosa!

Cristina Caetano disse...

Gostei. :)

Também necessito viver com tudo a mão, pra trabalhar me instalo como num cockpit.

Sinto pena por ainda considerarem fazer análise coisa de maluco, já ouvi isso em pleno Rio de Janeiro, sec. 21, por quem tem formação universitária. Visão curta, preconceito puro e simples? Não sei... já fiz, hoje faço auto-análise, aliás, sempre fiz e penso muito, sobre tudo, adoro. Quando era pequena achava que as pessoas saiam da faculdades, cultas. Quem dera...

Beijinhos