sexta-feira, maio 08, 2009

E ela descompensou feio...



Primeiro quero pedir desculpas aos amigos que comentaram e não respondi, vou visitá-los quando conseguir.

Estes dias eu descompensei, como dizem. Semana passada, feriado, mexi nos meus contos, queria gravá-los em um CD, fiz M. das grandes, perdi tudo. Meu filho acordou, eu me sentindo péssima, choramingando, ele disse que me salvaria. Baixou um programa aqui e conseguiu resgatar o que havia lá, só que eu dei fim em vários.

Acreditam? Como? Acredito que na hora de pegá-los para copiar, misturei tudo, uns sobre outros, alguns estão em código agora, não sei como ler. A pasta chamava-se: Contos poemas, estava tudo lá, alguns em outros lugares também.

Mas nem tudo está perdido porque eu mandava tudo para um amigo e eu fui aos emails enviados para ele- felizmente os guardei- e copiei muitos, outros estão no blog. Se não fosse isto eu estaria pior pela sensação de que me boicoto, mesmo. Gustavo, o meu amigo filósofo e poeta, já me disse isto. Ele e Betão me disseram que já perderam tudo. Eu acho que ficaria muito mal se perdesse tudo. Gustavo disse não ter se importado, ele é meio zen, eu não, eu sou apegada aos meus escritos e desenhos.

Gosto do que escrevo e esqueço o que escrevi muito rapidamente. Faço em alguns minutos um continho e logo não sei mais- lembro a ideia, mas não a forma como escrevi. Apenas alguns eu amadureço, a maioria é tipo catarse.

Além disto, na quinta-feira eu decidi atender uns clientes substituindo um feriado que houve. Sai daqui atrapalhada com o Dan no meu encalço, com pressa, e Betânia limpando a sala. Resolvi deixar a chave da sala com ela para que fosse mais fácil o acesso à varanda- ela tem a chave de trás. Quando cheguei no consultório vi que as chaves estavam aqui. Putz! Odeio isto. Foi a segunda vez em muitos anos de clínica. Sabe como é psicanalista, óbvio que me interpretei. A moça na porta esperava, nunca acontece isto- eu demorei na portaria tentando achar uma chave com o porteiro, antes ficava uma de reserva lá.

Ela entendeu, disse que acontece sempre com ela etc. daria para vir em casa e voltar, mas ela não poderia ir à noite- na sessão seguinte chegou com quinze minutos de atraso. Eu disse rindo: Se vingou, foi?
Desmarquei os outros dizendo que houve um imprevisto. Desisti de do ir e vir, levaria uma hora, fora os outros 25 minutos que já havia percorrido. Cansei. Chorei. Nada de mais, eu sei, mas eu ando assim. Não consigo fazer tudo que gostaria, me perco em muitas atividades. Ainda não molhei os vasos hoje :), nem fui à piscina fazer exercícios- eu preciso, não é luxo.

Não quero deixar de atender clientes, eu amo a clínica psicanalítica, sei que sou boa nisto, é visível, apenas queria atender mais e não sei fazer média com as pessoas para conseguir isto. Nunca fiz.

Logo que cheguei aqui, fui a um cardiologista fazer exames, ele tem uma clínica, disse que eu poderia atender lá blá blá blá, eu achei razoável. Na segunda vez que fui falar com ele, quis me beijar. Nunca mais voltei. Se eu tivesse topado, estaria atendendo lá e teria um amante :)
Eu fazia um curso de psicanálise aqui e gostava, ano passado não fiz, mandei um e-mail, aliás, dois, para a professora dizendo que iria voltar, blá blá blá, ela não respondeu. Não recebeu? Não acredito. Veio confirmção do Uol. Não voltei ao curso. Eu tenho uma sensação de que incomodo as pessoas. Outro dia vi uma entrevista de uma sra. daqui que dizia isto. Eu me vi nela. Era uma intelectual, mas era descontraída, solta- eu sou assim. Gostaria de conhecê-la: Lucia Helena Pereira.

O que acontecia no curso? As pessoas eram mudas, eu não. Eu contava historinhas reais, ilustrava o que a professora dizia. Ué? eu tenho experiência, e já vivi paca. Além do mais a tal professora foi da PUC-Rio como eu, fez na mesma época, saiu um ano antes, eu acho- é uma colega, por isso achei um desrespeito não me responder o e-mail. Nunca mais divulgo nada de lá, acho que vou agora mesmo deletar tudo daqui.
Se não me querem como aluna... eu sou assim, acho que não gostam de mim aqui fora, só ai no virtual hihihi é um pouco de exagero, mas é meia verdade.

Ontem passei a manhã resgatando os continhos. Tenho um grandão que pode virar uma novela, eu acho. Preciso me concentrar.
De tarde fui a um(detesto NUM) lugar onde havia um ventilador na minha frente. Cheguei em casa com uma rinite horrorosa, passei a noite respirando mal, acordei seca e exausta. Estou estranhíssima hoje.

Relendo alguns e-mails daquela relação virtual eu fiquei me lendo. Deus meu! eu sou muito louca. É verdade. Não quero falar muito aqui, seria demais. Mas, pensei que daria um livro interessante aquela correspondência. Disse isto para ele, pulou, só respondeu, meio aborrecido, sobre eu dizer que ele deixou que eu enlouquecesse. Eu rio. Claro que deixou! Era só parar de falar comigo. Eu já fiz isto com fãs ardorosos. Sai de fininho. Hoje, lúcida, tenho saudades daquela emoção toda. Não há emoção em mim agora, murchou.

Vocês sabem, quem escreve no virtual, que as pessoas só respondem o que querem, não é? Os homens principalmente. Conheço uma mulher aqui assim, desconfiei quando conheci, pela síntese da escrita, que fosse homem, mas outras pessoas a conhecem, é uma professora universitária está lá do Portal. Mas é incrível, é vaga, sucinta (palavra feia esta).
Eu aprendi isto também, responder só o que quero, fingir não ler. Não faço com amigos queridos, mas com algumas pessoas. Acho uma sacanagem.
Bom dia para vocês, vou tratar da vida.

PS: Este espaçamento é aleatório, só porque o texto é grande e sei que fica difícil ler, não são parágrafos. Lá no Portal LN já houve muita discussão sobre estas coisas, eu faço do jeito que me dá na telha aqui e lá também.

PS: Se você for maior de idade e quiser ver uma foto bonita entre aqui, achei ao acaso procurando uma mulher doida :)

Um comentário:

Luiz Vita disse...

Laura,

Não rogue uma praga de Freud em mim, mas li tudo e parecia um filme de Woody Allen em parceria com Almodóvar.... Como leitor adorei e adoraria ver na tela...

Agora falandio sério: perder arquivos com originais é pior que praga de mãe. Conheço um escritor que salva sete cópias em locais diferentes de tudo o que ele escreve... Eu estou virando paranóico e gravando e imprimindo tudo em papel.... Computador só é legal quando funciona...

beijos