quinta-feira, fevereiro 05, 2009

O sol difícil de se olhar



Ontem fui tomar café na livraria-cafeteria e li umas 30 páginas de
"De frente para o sol: como superar o terror da morte" de Irvin Yalom. Comprei o livro, claro.

É do escritor de "Quando Nietzsche chorou".
que eu li e adorei porque tem a ver com o início da psicanálise e me comoveu muito. Simpatizo com Nietzsche, óbvio.

Bom, o livro do sol é sobre o medo da morte. Tem tudo a ver comigo. Minha mãe há meses só fala nisto- quer morrer. Envelheceu rapidamente por causa de um problema com um dos filhos, nega-se a viver. Dia 17 irá para Curitiba, volta às origens, mas na gente que fica dá sensação de morte. Ela está muito caidinha, ficou senil de repente.

Eu não tenho medo da morte, aparentemente, mas tenho algumas tristezas, que me levam a pensar que a vida é tão desprovida de sentido... como se eu desejasse a morte, aliás, quando menina acreditava que morreria aos 18 anos. Como psi sei que poderia ser um desejo de não crescer. Sei hoje hohoho sofri antes.
Enfim, é uma discussão filosófica. O livro me fisgou, ele discorre sobre o tema.

Hoje não deu para pegá-lo, pela manhã trabalhei sobre contos, nem fui à piscina para me exercitar nem ler.

Recebi um e-mail simpático de um amigo tão querido que me deixou mais feliz. Vou ganhar mais um presente, está vindo. É muito bom saber que se tem amigos, mesmo distantes, e que nos querem bem.

As relações familiares, com irmãos, também melhoram, o que me alivia de uma dor de mais de um ano. Vocês sabem.

A tarde passei na cabeleireira, foi divertido. Conheci uma pessoa interessante, conversamos bastante, engraçados estes acasos. Pena que muitas vezes fiquem apenas no primeiro encontro.

Ainda não é dez da noite e já estou caindo de sono.
Boa noite, meus caros. Depois conto mais do livro. Preciso ler mais.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ah deve ser legal esse livro.
Vamos ver o que ele tem a dizer. Lacanianamente eu diria que so a aguia olha diretamente para o sol. A gente pisca e poe oculos escuros, muita luz, cega.
Beijos querida e boa terra cheia de sol!
Aqui chove dia sim e outro tambem. Nos cariocas...
Cam

Anônimo disse...

Há dois anos atrás, meu pai morreu, até hoje, quando lembro eu choro, de saudades...se a vida for só isso, não tem sentido.
Ah! dos livros, que quero ler, e que você indicou além deste do Yalom, é Castelo de Vidro, estou contactando o carinha que traz os livros daí, pra gente aqui. Suas dicas são valiosas.
Bom final de semana e sayonara
madoka

Anônimo disse...

Entao, "Bella", da um jeitinho nisso. Veneno de vampiro ai , na vida para pensar na morte e sentir a vida de outro jeito. Vim procurar o texto do Contardo. Estou tomada pela historia dos vampiros legais. Eu so conheço vampiro que tira tudo da gente e acabamos precisando de uma transfusao de sangue, as vezes literal.
Bjos e felicidades.
Saude para sua mae.
Cam

Leila Silva disse...

Se você diz que "Quando Nietzsche chorou" é bom eu acredito...não pensei que fosse. Nem sei pq, o filme é horrível, detestei, mas filme é filme e livro é livro, claro.
Mas independentemente disso eu estou bem curiosa com relação a este livro sobre a morte.
Fique bem.
Abraço
Leila

Lia Noronha disse...

Laura: conte-nos mais..deve ser maravilhoso..Vc tem bom gosto nas suas leituras...Bjins
Sugere a sua mãe a leitura de " O poder da Gratidão"...maravilhoso livro..ajudou muito a minha mãe.
Fique na paz.

Laura_Diz disse...

Meninas queridas, bom vê-las por aqui :))

Camille, já te respondi lá.

Madoka, minha flor do oriente, mande seu endereço que te mando o livro, este não sei se acho, vou ver se encontro- Daiany tem e amou, fez uma leitura ótima, eu já esqueci algumas coisas...conversamos sobre o livro e divergimos em alguns aspectos, qdo vc ler dirá.



Leila, "Qdo Nietzsche chorou" é um livro encantador. Pode ser que tenha me pegado pla psicanálise, mas acredito que a maioria da spessoas gosta- minha mãe não conseguiu ler- acho que bateu em algo dela que não quis saber.

Lia, minha mãe, que era leitora voraz,não lê mais, uma pena...desistiu de tudo.

Bjs nas queridas, Laura