terça-feira, janeiro 13, 2009

Sem medo de ser feliz





A vida é feita de pequenas alegrias, a gente sabe.

Ontem pela primeira vez usei minha agenda portuguesa de Fernando Pessoa, que é linda e tem trechos curtos dele. Vocês devem estar pensando: ontem, dia 13? Pois foi. Até agora estava sem usar, acho que tinha pena de a macular. Levei para o consultório, uma cliente atrasou, e fiquei a escrever lá. Quando vi, estava usando como diário, o que não preciso, pois também ganhei o caderno de escritos de F.P., estou muito chic este ano. Aí, coisa que nunca fiz antes, fiz uma lista de desejos para este ano. Nunca fiz? Não. Psicanalistas tem este defeito, a gente não planeja as coisas, vai na onda, como na sessão, segue livremente, como na associação livre. Posso estar dizendo uma grande besteira, se algum analista ai quiser contestar, aceito com prazer, mas eu tenho impressão de que quem vive em análise não faz estas coisas. Lembro quando apareceu Lair Ribeiro, lembram? Acho que funciona, sim, você visualizar o que deseja. O analista vai através de sua fala, buscar o porquê você não pode desejar. Oh! Oui, c'est vrai. Depois que viajei para Paris, que foi talvez o meu maior sonho. Fui e amei. Eu conheci a cidade sorvendo tudo com prazer e emocionada. Voltei com uma sensação boa de que é possível, sim, realizar sonhos. E vou voltar, com certeza.
Reencontrei há pouco, vocês sabem, o amigo argentino- francês que vive lá há mais de 30 anos. Os astros parece que estão à meu favor. Encontrei lá uma ex cliente, queridíssima, que quer me ver de novo, ela deve vir ao Brasil em fevereiro, virá aqui, fico muito feliz, foi uma mocinha que eu vi crescer. Conheci, também, a mãe de uma vizinha aqui, super gente fina, que me convidou para visitá-la em Roma, mora lá há anos.
Enfin, voltando à ontem. Estava feliz com a agenda. Sai do consultório e fui trocar umas roupas de cama que comprei errado. Lá encontrei um rapaz com quem simpatizo muito, é uma graça, bonito e gentil- é um prazer vê-lo.
Chegando em casa, abri os e-mails e havia uma resposta de um jornalista conhecidíssimo que tem uma comunidade da qual eu faço parte. Ele foi gentil, como deveria ser, me deu boas vindas, e, disse que posso postar meus contos lá. Fiquei super feliz. Eu não pensava nisto, em colocar lá, ainda não sei bem como é aquele espaço.
Hoje de manhã, ao chegar à piscina, o porteiro me entregou um cartão da minha querida amiga Iva, que vive nos States, e, há pouco, o meu poeta e filósofo preferido, disse que quer me ver. E agorinha, aimeudeus! O príncipe escreveu dizendo que vai tirar férias e sumir um tempo. Oh!... Não é para estar feliz? Fora umas coisinhas que eu não conto nem morta aqui, não é Dai, minha flor, e confidente?

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