terça-feira, janeiro 22, 2008

"Caminante no hay camino"...



Esta foto é da National Geographic. Este homem caminha com altivez no deserto. Quero ser assim. Cliquem na foto para ampliar, ele está de frente.

Hoje eu vi um pedaço, o final deste filme, prendeu minha atenção porque eu me identifiquei com a personagem principal que Gena Rowland interpreta- a mãe que fica só ao envelhecer.
Pois é... ainda não estou só, mas já me sinto só faz tempo- os meninos têm a vida deles. Quase não estão em casa e quando estão, a gente conversa, mas são jovens, homens, vocês sabem como é.
O filme tem um final libertador- ela vai para algum lugar e se diz feliz- eu duvidei um pouco daquela felicidade, mas, tudo bem, eu acho difícil ser feliz longe dos filhos, de todos os que amamos. O filme é americano, outra cultura, não é?
A Manenes colocou este poema lá no blog dela estes dias para mim. Vejam o vídeo no espaço dela.
É um belo poema. Vocês conhecem? eu já conhecia. Recebi via email há algum tempo.

Caminante no hay camino

Antonio Machado

Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.

Nunca persequí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.

Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...

Nunca perseguí la gloria.

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.

Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.

Caminante no hay camino
sino estelas en la mar...

Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso...

Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso...

Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso.


Poemas de Antonio Machado:
Poemas del Alma

Um comentário:

Lilian disse...

Olá

Legal seu texto. Vim atrás do poema e me identifiquei Abços :)