segunda-feira, abril 16, 2007

Poeminha despretensioso. Enquanto o sol se põe no horizonte

















Enquanto o sol se esconde no poente

Largo o livro,
deito no solo tépido.
O céu azul desbota-se ao entardecer.
Logo virá o lilás.

O urubu em vôo ágil corta o anil.
Deixou em terra o que restou da carcaça podre.

Só há você em mim-
como fragrância me persegue.
Tento me livrar.
Desisto.
Sinto suas mãos firmes em mim.
Busca caminho.
Então, me abro despudorada,
enquanto o sol se esconde no poente.


Foto do meu amigo Fernando. Mais aqui.

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