quarta-feira, janeiro 31, 2007
"Quantos olhos tem uma alma"
Ontem ao entrar na livraria que vou sempre vi este* livro. É um livro de fotos de um brasileiro muito especial, Marcelo Buainain, são fotos da Índia, lindas fotos em preto e branco- comoventes.
Há pouco texto e um deles é este de Gandhi:
"O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo descobri, todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio".
Eu poderia viver em silêncio, quando fico quieta muito tempo, acho cada vez mais desnecessário falar, mas como vivo numa comunidade e tenho dois filhos, procuro sair disto, mas poderia viver em silêncio, teria paz.
*Quantos olhos tem uma alma
Fotografias de Marcelo Buainain
Edição do autor
115pp. PB
ISBN- 9727295242888
www.buainain.com
livrobuainain@hotmail.com
No livro tem a letra desta música, que eu acho muito linda e comovente, e olhe que o meu deus é diferente deste Deus. Gil estava inspirado quando a fez. Eu gosto muito das músicas dele, qualquer dia coloco umas aqui, que aposto muitos de vocês nem conhecem. Conhecem "Abacateiro"? é linda.
Ouça aqui
Ou aqui
Se Eu Quiser Falar Com Deus
Gilberto Gil. 1980
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar
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