domingo, janeiro 28, 2007

Os sonhos, a lua e a nostalgia.
















Sonhei que convivia com um homem doente, que precisava de uma dieta rigorosa, sofria do fígado. Eu não o queria mais, queria deixá-lo morrer.
Na mesma noite sonhei que subia uma duna enorme agarrando na vegetação da restinga presente. Eu conseguia alcançar o topo, não sei por que precisava subir.
Tive dois sonhos assim recentemente, no outro era uma duna maior que esta, um homem subia e se jogava de lá, provando que sobreviveria. Sobreviveu. Eu estava vendo-o cair assustada.
Vocês sabem que somos os personagens de nossos sonhos, não é?
Já sobrevivi muitas vezes, talvez seja hora de me agarrar a terrenos mais sólidos.
Às vezes acho que vivo completamente enganada e iludida, em outras tenho convicção de que estou certa, que aquilo que pressinto, leio nas entrelinhas, é verdadeiro.
Este poeminha, que está ai embaixo, eu fiz há anos, lembrei dele, não sei que título dar, queria algo assim como engano ou não. Estaria ela- a personagem- equivocada?
Queria que não fosse engano, pero a realidade parece ser o silêncio e a aridez mesmo, nada de corações a vibrar. Uma porta fechada no fim do corredor.

Ontem, caia de sono, mas esperei para ver o Tom, adorei. Ele e Gal me emocionaram cantando "Dindi", eu vejo Gal e me vejo nos anos 70/80, eu tinha aquele cabelo enorme, aquela vida. Ai, Tom canta no final " Eu sei que vou te amar" e eu comecei a chorar de nostalgia, de saudades de tudo. Juro que na minha frente havia uma lua quase cheia vibrando, eu estava deitada no sofá e via a lua lá fora na minha frente, desliguei a tv, fiquei no escuro, e chorei em silêncio um bom tempo. Não sei expressar bem o que senti.
Era tristeza, nostalgia, saudade, mas também uma sensação de novo que me tira do prumo, me desconcerta, incomoda, mas não é presságio de coisas ruins, eu sei.

No sábado tive uma noite deliciosa com a minha amiga italiana e amigos dela, ela está quase curada- parece magia- há alguns meses sofriamos aflitos diante da possibilidade de perdê-la a qualquer momento, está viva e linda, ela é muito linda- tem olhos claros de uma cor especial, as vezes verdes, noutras azuis escuros e é a pessoa mais querida que eu conheço, são todos lindos, o marido, o filho. Estivemos numa reunião de budistas depois fomos jantar. O cantor cantava músicas de Chico o tempo todo, foi legal. Estar com ela me faz um bem enorme porque me sinto amada, ela gosta muito de mim.
E ontem almocei com os filhotes na casa de Dai, foi uma delícia também, ela fez um almoço gostoso, conversamos muito, aliás eu contei muitas historinhas que ela adora ouvir. Diz: "Eu te admiro, Laura, você é demais". É lógico que eu adoro ouvir isto :)
Dai foi um presente para mim também, é muito querida, generosa, está sempre pronta para ajudar- me ajudou na mudança, fomos comprar livros para Dan também, ela é um amor.
Pois é, muitas coisas estão bem, queria mais, todos queremos mais, não é? Uma pessoa muito querida anda muito triste, queria que ela ficasse bem, me entristece sabê-la mal, é muito ruim estar longe e não poder dar um colo quando alguém precisa.
Como viram, eu voltei com a corda toda :)


Engano

Canto meu amor em versos
e você silencia.
Mas teu corpo fala:
o coração pulsa, o peito vibra.
Mas você silencia.
Meus olhos curiosos te decifram.
Meu coração emocionado transborda.

Ouça aqui
e me digam se a Nana não é uma diva.

PS: Lembrei de Leila(USA), ela diria que este post daria uns 3 hihihi :)

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