quarta-feira, agosto 09, 2006

Quem somos nós? para onde vamos? podemos mudar o nosso futuro?

Esta noite sonhei com a morte do meu pai, nada agradável, uma morte demorada, sofrida, um sonho louco. Estávamos reunidos esperando que ele morresse, todos sofriam, e ele não morria, apesar de parecer morto. Era fim de semana, resolvíamos viajar e na volta minha mãe dizia compungida, que ele havia morrido e eu respondo que já sabia. Ai querem prorrogar o velório para que não sei quem chegue, uma tia, talvez, eu não queria esperar. Imaginem com acordei. Sinto certo fastio, cansaço, desejo de não fazer nada.

Segunda à noite peguei um filme "Quem somos nós?" que minha amiga budista queria ver comigo, achei por acaso na locadora, vi em vez de ver a choradeira da novela pela morte da mocinha. É um filme cheio de informações novas sobre física quântica, mistura documentário e ficção- preferia sem a ficção- e traz muitas questões novas. Como eu já disse hoje não estou com vontade de nada, então vocês leiam aqui e fiquem confusos, eu acredito que a nossa realidade pode ser construída por nós mesmos, sim, mas os conceitos novos da física quântica, são difíceis da gente entender- afinal estamos condicionados a acreditar que esta realidade externa existe antes de nós e não o contrário, como dizem, ufa! é um tanto difícil. O filme traz informações novas num turbilhão, eu já sabia um pouquinho daquilo tudo, mesmo assim, é bastante novo e surpreendente. Chatinho também.Mas com eu sou chata... levem em consideração. O filme é ótimo porque nos faz responsáveis por tudo que nos acontece e por isso nos faz querer melhorar, mudar aquilo que está impregnado. Falam de Deus como eu acredito, vejam o filme que vale a pena.
Bom, ai ontem lá por onze da manhã o telefone toca e era Giovanna, minha amiga budista, dizendo que o marido pegou o filme e queria que eu fosse ver com ela de tarde- o mesmo filme que eu havia pegado pensando em ver naquela tarde com ela- coincidência, né? é estranho como eu tenho isto com amigos queridos. O marido dela esteve na mesma locadora que eu- aqui tem várias, quase na mesma hora, não sei como não o encontrei.
Vimos o filme, depois conversamos bastante- me sinto muito bem com ela- é recíproco. Eu lhe disse que estou num momento que preciso fazer algo, mudar, senão vou me dar mal, eu sinto isto, ando muito triste e não gosto de ser assim. O sonho do luto do pai tem a ver com isto, eu sei.
Ela tem muitas dores ainda, fica deitada quase o tempo todo, está tomando remédios fortes para dor, ai ai um dia deve melhorar, está fazendo fisioterapia, acupuntura, o local das cirurgias- foram quatro- ainda inflama, houve um estiramento da musculatura, é isto que dói.
E ela está sempre linda, com aqueles olhos claros amorosos, vivos, é um presente da vida ter conhecido Giovanna, ela acha que eu sou um presente também, então é bom, não é?
Preciso encontrá-la mais, mas tem muitos compromissos- médicos- e tem dias que sente muita dor ainda.

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