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Desde que voltei notei algo diferente nela, está mais silenciosa.
-"O que você tem? está tão quietinha...", já perguntei.
Ela diz: "Nada, meu querido, gosto do silêncio".
Não comprou flores na minha chegada, nem fez meu prato preferido, havia uma comida trivial.
Ela, sim, estava mais bonita, não sei o que está diferente no seu rosto, há agora um distanciamento que a entristece, mas embeleza. A beleza das mulheres tristes, quem sabe. Eu prefiro a minha amante de antes, sorrindo, cantando levianamente pela casa. Já me perguntei o que foi que fiz para que ela mudasse, não encontro a resposta, me comportei como sempre, ela está acostumada às minhas viagens, conhece as regras do jogo, eu não vivo sem viajar, preciso ser livre.
Há algo que não alcanço, é mais um mistério que me fascina.
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