Quando fui morar em C. Frio antes de vir para cá- fiz uma amiga muito querida, estes encontros ao acaso- minha vida é cheia de acasos- ela é dona de uma farmácia de manipulação e no balcão ficamos amigas, ficava no meu caminho, eu a via diariamente, é casada com um homem super gente fina. A farmácia chama-se Plâncton, o nome já me agradou, ela na época não tinha nenhuma amiga lá em C Frio apesar de morar há muitos anos lá.
Quando vim para cá, ela ficou muito triste, dizia: "e agora como vou ficar sem amigas por perto?" A. é paulista, vivia em São Paulo quando conheceu o J., é da área de comunicação, eventos, acabou "farmacêutica". Ontem ela ligou, leu meu blog e quis saber como eu estava. Fiquei super feliz, estes gestos me comovem, vocês sabem. Lá como cá, é difícil fazer amigos, muitoooooo, são povos parecidos- desconfiados, não gostam de quem vem de fora, sentem-se invadidos, roubados. O cabo-friense é assim, o potiguar também. Acho que lá é a mistura de índio com caboclo que deu esta sensação de invasão no povo, foram invadidos pelos portugueses, aqui o mesmo- holandeses também.
Bom, não sou especialista, é apenas uma impressão depois de penar sem amigos nos dois lugares, parei para pensar se o problema era meu, é lógico que tenho meu lado introspectivo, gosto de ficar em casa, estas coisas, se eu fosse dançar, fosse ao forró talvez não ficasse tão só, não é? mas não gosto. meu irmão quer que eu vá à biodança, eu não gosto, prefiro yoga, psicanálise, então...
Minhas amigas aqui são de fora- My é paulista, Gi é italiana e a única potiguar é Pat que viveu fora desde menina - em Cuba(13 anos), Suécia, etc e tal - até uns dez anos atrás quando voltou- ela também não tem amigos daqui.
Sonhei com um homem que me abraçava, um amigo, foi gostoso, apaziguante(há quanto tempo não via esta palavra).
Tenho um amigo paulista de quem gosto muito e não vejo há um tempão, eu o reencontrei aqui na internet, foi uma festa, nos comunicamos por email, mas ele é muito na dele, não se abre, às vezes sonho com ele, fomos vizinhos no prédio lá em Ipa, ele era dono de empresa, casa em Ilha em Angra, hoje vive no interior, não entendi a mudança, ele não se abriu, não insisti. Esta situação política atual mexe muito com ele, me manda emails o dia todo, é gostoso, trocamos figurinhas. Acho que pode ter sido dele o abraço, ontem eu fazia almoço e escrevia aqui, brinquei com ele:
" Quer kibe?" a resposta:" Ô Lilica Pilica, agradeço, mas prefiro uma esfiha !!!
hehehehehehehe"
É gostoso isto.
Acordei com Chico cantando:"Soy feliz, soy un hombre feliz..."
Quem sabe terei um dia melhor hoje.
Ontem alguns de vocês foram muito amorosos comigo, fiquei reconfortada. Tks, queridos.
Ouça aqui com Chico
Pequeña serenata diurna
ou com
Silvio Rodriguez
Vivo en un país libre
cual solamente puede ser libre
en esta tierra, en este instante
y soy feliz porque soy gigante.
Amo a una mujer clara
que amo y me ama
sin pedir nada
—o casi nada,
que no es lo mismo
pero es igual—.
Y si esto fuera poco,
tengo mis cantos
que poco a poco
muelo y rehago
habitando el tiempo,
como le cuadra
a un hombre despierto.
Soy feliz,
soy un hombre feliz,
y quiero que me perdonen
por este día
los muertos de mi felicidad.
Soy feliz,
soy un hombre feliz,
y quiero que me perdonen
por este día
los muertos de mi felicidad.
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