Aquela tristeza a acompanhava há tanto tempo, que já não se reconhecia num sorriso largo, num passo de dança.
Ele veio tirou-a para dançar, sussurrou no seu ouvido palavras esquecidas. Saiu dali estranhando-se, mas feliz, sorriu sozinha, beijou no sonho, o corpo despertou em pulsos.
No dia combinado ele veio, amou-a ternamente, chamou-a de querida, o vinho não lhe fez mal.
Voltou mais vezes, ela entregou mais do que o corpo, sentia-se viva através dele.
Não veio um dia, nem no outro.
Ela murchou.
Uma semana passou, ela fechou as janelas, esqueceu o vinho, deixou-se apagar em frente a TV.
Foi encontrada meses depois.
A TV ainda mantinha-se acessa.
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