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Fome de amor.
“Não te quero mais, vá embora, me deixe em paz!”, disse, não agüentava mais.
Ao fechar a porta já sentia que havia ido longe demais.
Sentou no chão e chorou, queria que voltasse, lhe desse colo, é o que precisa, ele não adivinha?
O cão chegou perto, apertou-o até o bicho se soltar aflito. Chorou mais ainda, à que ponto chegara, sentia vergonha, tinha medo, medo do que viria.
Ela sabe que o confunde, precisa fingir que prescinde dele, mas se joga apaixonada, o ama vorazmente, tem fome de amor.
Dormiu cansada no chão da sala, o longo cabelo úmido pelas lágrimas.
Ele desligou o telefone, como fazia sempre, temia não resistir a um chamado seu, que desculpa daria?
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