sexta-feira, janeiro 13, 2006

A dor e a beleza da lua.

















Ouçam "Melodia sentimental" com Bethânia aqui.
Ontem antes de dormir fui fechar a varanda e dei de cara com a lua quase cheia, deslumbrante no céu, esta foto é no mar, mas o impacto é o mesmo. Havia nuvens densas e diáfanas, e a lua poderosa deslizava entre as nuvens, como se fossem véus, sedutora.
Fiquei a pensar na tristeza e dores que trazemos e na beleza da lua, no transbordamento, na sua majestade a dominar o céu e a terra nas noites de lua cheia. Tudo é tão belo e misterioso, queria crer em São Jorge a cavalgar na lua, queria crer na Virgem Maria para me salvar dos medos, queria tantas coisas...
Vejam o que a lua faz comigo.
Não sou poeta, não sei como dizer isto.


Hoje ao abrir o PC encontrei "No jardim público" de Jardinière um poema que fala da beleza, leiam:

"No te explicas qué provoca una mañana de invierno montañoso como esta.
Subes a la azotea, con un fin prosaico, y de repente es ese sol que (todavía) no quema;
el aire parado, apenas cosquilleante de frío.


Es lo mismo que te ocasiona mirar estas rosas
- tampoco es posible definir el mínimo salto que da tu corazón
ante lo bonito de una flor que se abre.


Será alegría. Así, llanamente.
Alegría de un placer gratuito.Y efímero.
Como el aire que ahora ya no roza tu piel.
O el pétalo que con él se va."

Lindo poema de Jardinière



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