quinta-feira, dezembro 08, 2005

Um dia muito especial.















Vulcão.



Ontem eu tive um dia diferente, vou contar.

Meio dia, hora de Dan chegar da escola, chega com um gatinho:
-“Mãe, deixe eu ficar com ele, por favor, o tio Luiz disse que mesmo que você não queira é para eu insistir e ficar.
Eu fiz discurso de que não gosto de gatos, quem vai limpar? o Luiz é muito engraçado, etc e tal. Bethânia estava aqui e reforçou meus argumentos.
Dan desceu para dar banho no gato no jardim, voltou com o bichinho limpo e eu olhei melhor. É um gatinho siamês de três meses, lindo, lembra um tigre, olhos azuis muito claros e listras de cor mais escura.
_ -Está bem Dan, vamos tentar.
O gatinho até agora não deu trabalho nenhum, está dormindo aqui do meu lado e, como eu havia dito para um amigo virtual, acho que vou ficar com o gato, pois homens são peças mais raras nesta praça. Ele na ocasião me respondeu que bichos também dão trabalho sacando o que eu estava dizendo, ( foi quando escrevi o mini conto Zampanô, aquela da mulher que vive muito só com um cachorro)
Ah! o gatinho chama-se Seinfeld , eu sugeri,os meninos gostaram, em homenagem ao nosso comediante preferido.(Dan acaba de acordar, me beija, diz obrigado pelo gato e sugere o nome de Simba(?), ainda não sabemos o nome do bichinho ao certo).
Depois passei a tarde na dentista, um dia eu conto mais dela, merece um post, quando saí fui comprar um presente para meu amigo secreto lá do Sidromedeestocolmo. Conheci uma loja que tem tantas coisas bonitas de artesanato que adorei, o dono um gaúcho, tomei chimarrão com ele, muito simpático, a loja é aqui pertinho, estava cheia de turistas.Vocês sabem que eu nasci no RGSul, não é? adoro chimarrão, mas não tomo nunca, tenho um irmão que aprendeu a tomar com Scliar, até hoje toma, mesmo aqui em Natal.
Aí fui tomar um café no Praia Shopping, que é o único shopping que eu gosto, (gostava do Fashion Mall do Rio, também).
Quase me choco numa das esquinas com P. é a minha primeira amiga daqui, eu gosto muito dela, mas não nos encontramos quase. Fomos tomar o café, ela dizendo que vinha pensando em mim, pois sabe que eu gosto daquela cafeteria /livraria, adoro mesmo, é o único lugar que freqüento aqui.
Quando estávamos de saída encontrei M., amiga de meu irmão, e um conhecido dela, para minha surpresa elas não se conheciam, eu achei incrível, afinal a cidade é pequena, elas são daqui, são mulheres que vivem só, inteligentes viajadas, estas coisas. Quando eu disse: “P. é filha de fulano” os olhos de M. se encheram de lágrimas, brotaram como fonte, e ela disse: “eu conheci muito seu pai, era meu amigo, muito amigo”.
Contou histórias do pai de P. disse que a conhecia através dele, e as duas choraram de emoção diante de nós dois, o homem recém apresentado e eu. Foi muito forte.
M. contou que o pai de P. a despertou para viagens- ele era aviador- contou algumas historinhas.
Contou que quando ele voltava do exílio em Cuba(morou uns treze anos, P. foi criada lá) chamaram-no no avião para que se dirigisse à cabine do piloto, pensou “Pronto, vão me prender”, mas não, era para homenageá-lo e entregar o avião para que pilotasse, ele pousou em terra brasileira voltando do exílio pilotando o avião.
O rapaz recém conhecido ficou tão impressionado que disse estar presenciando um encontro mágico, etc e tal, achou que havíamos combinado...saiu tocado. Também...
Para completar eu fiquei com minha sobrinha de quatro anos, dei banho, jantar, coloquei para dormir, coisa que não faço nunca, mas gosto, amo a bichinha que é linda e filha de meu irmão preferido, quase filho, (15 anos de diferença de idade temos), mas daí já dá outro post.
Foi realmente um dia diferente! Haja coração.

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