quarta-feira, novembro 09, 2005

O ano do Brasil na França.

















Outro dia eu disse lá no Jôka que já havia namorado muito no Arpoador, ele respondeu que atualmente é impossível ir até lá, há perigo de assaltos, roubos, arrastões.
Sérgio Zalis, em Nominimo mostra fotos antigas e atuais de alguns lugares do Rio, vale a pena ir lá ver.
Alguém me disse sobre Paris: "É o ano do Brasil em Paris", piadinha de humor negro,mas que cola, será que foi um carioca que fez? não duvido, ou paulista, estes adoram dizer que o Rio é violento. Talvez em São Paulo a violência fique mais concentrada nos subúrbio, na periferia, como em Paris*, no Rio está ali na nossa cara a pobreza, a miséria, as diferenças de cor, de modos de vida. É difícil viver no Rio, concordo, mas é um lugar onde a natureza em especial nos faz bem, nos alimenta a alma com tanta beleza. E o carioca é meio superficial, disperso, mas é gente boa, cordial, alegre, solidário. Difícil alguém sentir-se só no Rio, há sempre alguém com quem conversar, desde o jornaleiro da esquina, o taxista, até o artista famoso (como Tom Jobim- estava sempre lá aos sábados- Ubaldo, Ferreira Gullar) que freqüenta o " Bar Bofetada" como tantos outros lugares, o carioca não é arrogante. Eu amo o Rio e amo Paris sem nunca ter pisado lá,um dia vou, mesmo velhinha sentar num café e ficar horas olhando as pessoas passarem, ah vou.

Nominimo traz esta semana um artigo de Mario Sérgio Conti " Uma semana atipicamente francesa". Copiei um trecho:
"Os motivos da revolta são mais que sabidos. “Periferia”, em francês, se diz “banlieu”, que é uma contração de “banir” e “lugar”: banidos para um lugar. Para as periferias pobres foram banidos os imigrantes árabes e africanos e seus filhos, os desempregados, os fracassados, todos aqueles que a República rejeita. Nas periferias há menos escolas, menos creches, menos equipamentos esportivos, menos hospitais que em Paris, Marselha, Toulouse ou Strasbourg. E há mais desemprego, mais banditismo, moradias inferiores, mais sujeira. A esse problema o Estado vem respondendo com mais violência policial, que é temida e hostilizada"
Leiam mais aqui
Ah para quem não sabe o ano do Brasil lá na França faz o maior sucesso, artesanato, utensílios indígenas, plumagem, artes plásticas, literatura, cinema, estilistas (o chitão, aquele tecido estampado colorido, foi sucesso- eles adoram cores), Gilson Martins, que faz bolsas bem brasileiras, vejam aqui faz sucesso lá e muitos outros.




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