quinta-feira, setembro 15, 2005
Reflexões ao vento.
Leiam aqui o Calligaris, como sempre pertinente, dizendo coisas interessantes.
Li outro dia no blog da Anna Frank:
"As estatísticas policiais mostram que mais de 50 mil estupros são registrados por ano na África do Sul. Especialistas dizem que o número real pode ser o quádruplo disso, já que a maioria dos estupros em que os agressores são pessoas conhecidas, ou em que a vítima é criança, não é denunciada."
Sempre que leio sobre estupros na África ou em outro lugar como na Arábia e adjacências, fico chocada, diz lá que uma criança de uma semana, isto mesmo, uma semana, foi estuprada e também aqui
que uma mulher na Arábia Saudita está sendo condenada por ter matado o sujeito que a estuprava.
Anna mostra no blog uma camisinha feminina anti-estupro, adorei saber que existem, leiam. Alguns acreditam que é um retrocesso, que parece coisa da idade média, mas estuprar não é coisa de homens primitivos que puxavam as mulheres pelos cabelos?
Anna está sempre denunciando, dando informações, é um blog que todos deveriam ler de vez em quando.
Fazendo uma conexão com o texto do Calligaris poderíamos pensar por que os homens fazem isto? Calligaris fala dos grupos, do esgarçamento da individualidade num grupo, para sentir-se aceito eu faço tudo que o grupo me solicita, ou induz. E a questão do estupro seria por que o grupo aceita? a cultura considera a mulher objeto sexual mesmo sem o consentimento dela? E os homens que sentem-se rejeitados pelas mulheres, existem aos milhares por ai, e forçam suas esposas a fazer sexo, seria pela mesma razão, estão ali para serví-los?
Vi uma entrevista de Dominique Wolton, autor da “A Última Utopia” (1993), “Pensar a Comunicação” (1997) e “Internet, e Depois?” (1999). Queria tanto ler... será que acho? a grana está curta, tantas coisas para ler, por isso às vezes digo que queria que a vida fosse como no teatro, primeiro ensaio, depois pra valer- escutei isto numa entrevista com Vittorio Gassman. Também acredito que tudo já foi dito, nós apenas repetimos , não há mais originalidade em nada que fazemos, apenas recriamos, na maior parte das vezes inconscientemente. Dominique Wolton disse uma frase que gostei:" A Europa sabe o que é auteridade", referia-se à união européia, às guerras não tão distantes, ao convivio forçado que levou os europeus a reconhecerem as diferenças. Quanto maior a globalização, maior necessidade de termos nossa cultura preservada, é questão de sobrevivência.
Gostei, o que acham?
Severino mentiu, Roberto Jefferson dançou finalmente, pelo menos por um tempo não teremos que assistir à ópera bufa dele.
Bom dia! aqui ventaaaa, odeio vento, fico angustiada, oummmmmmmmmmmmmmmm
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