sábado, julho 30, 2005

Doctor Fausto e o mundo virtual.
















Doctor Fausto.


“O mundo virtual é igualzinho ao mundo real”, ouvi várias vezes aqui. Eu estranho a frase, me soa desafinada ainda, fico intrigada com a falta de ética nas relações de amizade virtuais ou não.
Esta semana vi no GNT o programa “Saia Justa” e Mônica W. perguntou se as mulheres seriam menos leais ou éticas- não lembro exatamente- que os homens nas suas relações. Discordaram bastante, foi uma discussão animada como há muito não acontecia. Não houve consenso. Mônica diz que pela experiência dela as mulheres seriam leais e manteriam a ética num contexto, no momento em que isto se rompe ela não se sente mais obrigada a ser leal, quebraria qualquer juramento numa circunstancia diversa, os homens seriam mais leais até o fim. Um casamento rompido, uma amizade desfeita e a mulher jogaria para o ar a lealdade pelos ex afetos.
Fico com a pergunta na cabeça, não gosto de generalizar, homens e mulheres devem ser vistos individualmente, pela sua história, pode ser meu vicio, mas acho que Freud tem razão.
O meu compromisso numa situação desta é comigo mesma, ficaria mal traindo alguém.
A falta de ética está em todos os lugares, assistimos na TV shows onde homens que deveriam ser “homens de bem”, mentem descaradamente passando uma imagem desacreditada para todos, na maior cara de pau jamais vista. Aqui no mundo virtual não é diferente, há falta de ética em alguns, deslealdade em outros, inveja nos ataques agressivos e gratuitos.
Abrimos nossa janela e ficamos expostos a qualquer um, não há como se proteger, é “open house”, queiramos ou não, mesmo que você evite um destes predadores, eles virão sorrateiros à noite te espiar, e dependendo do humor- médico ou monstro- poderão usar o que lê ou vê contra você..
Não há inocência em mim, nunca houve, sabia que estaria entrando num mundo onde há pessoas inclusive perigosas, há uma certa tristeza em constatar como certas pessoas são mesquinhas e pequenas.
Vade retro! como diria meu querido amigo Carlinhos -fazendo o gesto com a mão- ele que está num mundo tão distante que não posso mais pedir colo, mas continua em mim, sempre leal e positivo.
“Te cuida guria”, diria.

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