segunda-feira, junho 06, 2005
Amores intensos.
Hoje amanheci meio triste, sei lá, chove, chove sem parar, é preciso afastar os móveis das janelas. A chuva sempre me entristece, deve ser pelas lembranças de infância, naquele frio horrível de Curitiba, detesto sentir frio, detesto não poder abrir uma janela, ir à varanda, adoro o sol...
“tem dias que a gente se sente
como quem partiu o morreu...”
Ontem vi “Amores Brutos”, de Alejandro González Iñárritu , melhor “Amores Perros”- não sei porque não traduzem melhor, insistem em dar nomes que são mais uma interpretação pessoal do tradutor. Acredito que me deixou mal, que filme... é muito bom, mas é uma porrada. Vocês já devem ter visto, eu demorei para ver, sabia que ia ser uma porrada. Tragédia, desesperança, desengano, desespero, tudo junto. Até que a cena final, do cara que havia abandonado tudo por ideais políticos, e virado um trapo, é alentadora, me lembrou “Teorema” de Pasolini, deve ter sido referência mesmo, estou por fora.
Cena final de "Teorema"
Esta frase do filme diz a minha angústia: "todos eles são aquilo que perderam. Todos irão sentir uma angústia pelo que foram algum dia, e não podem mais ser".
O curioso é que meu filho de 15 anos viu junto- passou na Tv a cabo- e gostou muito, disse: ” Estes filmes espanhóis são bons, mesmo”. Corrigi, disse que é mexicano e fiquei feliz por já ter introjetado os filmes de língua espanhola como bons, ufa, é tão bom...eu adorava Saura, Bunnel, Adorei "Cria Cuervos", lembro da musiquinha, da menina cantando até hoje, “ Bodas de sangue” com Antonio Gadesmaravilhoso, quero que eles vejam, é tão importante ter um olhar critico, quero rever, preciso procurar.
Parou de chover, quem sabe o sol não aparece.
Bom dia!
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