Continuo sem saber como usar o blog, tenho muitas idéias, penso em fazer perguntas, trazer mais discussões, ao mesmo tempo,como ainda não sei quem lê, tenho receio de despertar um certo tipo de discussão que não leve a nada e aborreça, mas como me conheço, sei que em algum momento virão à tona, melhor esperar. Pode parecer que sou pouco ousada, em algumas coisas sim, noutras mergulho de cara.
Escrevi aquela crônica ontem, mas não pensem que sou escritora, escrevo desde a adolescência , mas não conseguiria estar com a cabeça ocupada por personagens todo o tempo, enlouqueceria, além do mais tenho dois adolescentes em casa que precisam de mãe atenta-a minha mãe escreve muito e vive no mundo da lua, ou no mundo imaginário dela, é difícil conviver com pessoas assim.
Esta é a primeira vez que me exponho para pessoas que não conheço, dá paura, sou virginiana, perfeccionista, ex-neurótica obsessiva de livro - lembram do Jack Nicholson em “Melhor é impossível?” eu era quase aquilo, menos...vocês conhecem o "Monk"? Vejam, passa no canal 43 da SKY, é engraçadíssimo e comovente, eu adoro, conheço bem a aflição de estar com as mãos “sujas”.
Escrever aqui é como se estivesse me revelando para um novo amor, ou para um psicanalista, como já fiz muitas vezes.
Tenho dificuldades na gramática, acho nossa língua linda e difícil, quando alguém perceber um erro ficarei grata se me apontar, nunca sei onde colocar vírgulas, por exemplo, é uma dúvida constante. Escrevi errado o nome de Woody Allen, afinal são palavras que nunca havia escrito e, como todo bom neurótico obsessivo- mesmo sendo ex-neurótica- fico sempre em dúvida. Pensei em criar um espaço aqui para as dúvidas do português, vocês responderiam.
Esqueço sempre algo. Esqueci de mulheres que admiro como Gilda Arns, Marina Silva (esta me comove), Martha Medeiros, Maria Adelaide Amaral e tantas outras, vou lembrando aos poucos, afinal isto não é para ser levado a ferro e fogo, não é?
Esta Freud explica, falo sério: Thomas me lembra que não coloquei Bergman na minha lista de cineastas, é incrível, é o meu preferido, me identifico, choro muito, deve ser por isto que esqueci. Aquela solidão, aquele silêncio, a densidade dos personagens...Quando vi “Cenas de um casamento” tinha recém acabado um namoro e chorei o filme todo, “Morangos Silvestres” é belíssimo, adoro, “O sétimo Selo” não entendi na época e queria rever, outros como “Silêncio”, “Sonhos de uma noite de verão”, “Persona”, adoraria rever, adoro a Liv Ullman, é linda. “Gritos e Sussurros” foi um sofrimento, não quero nem rever, lindo e terrível. Tenho muitas saudades do tempo em que ir ao cinema significava ver Bergman, Fellini, Antonioni, este também não citei, por não pretender parecer metida, afinal eu não sou especialista em nenhum deles, apenas gosto, adorava os filmes de Bertolucci- “Último tango em Paris” é um dos melhores filmes que já vi, e tem as cenas mais excitantes do cinema para mim. Marlon Brando é, continua sendo, o mais bonito e o meu preferido ator. Foi uma das muitas perdas que tive no ano passado, fiquei muito triste com a morte dele, principalmente por sabê-lo infeliz, que vida trágica!
Teria de falar de Marcelo Mastroiani, que amo também, aí não saio daqui hoje-tenho escrito espontaneamente como um diário mesmo.
Tudo que escrevi sobre cinema foi para te responder, Thomas, estou perdoada?
Estou pensando o que nos faz fazer um blog, e acredito que é o desejo de ser reconhecido, como já disse antes, o desejo de estar menos só, o desejo de ser ouvida, aliás, o que nos impulsiona na vida senão o desejo de reconhecimento?
Acabo de receber um email do Simão, que me tirou do prumo, elogia meu blog, e eu fiquei tontinha, adoro o José Simão, para mim um dos caras mais inteligentes da atualidade, Millor é outro, quem não lê não sabe o que está perdendo, é brilhante. Vida longa ao Simão!
Depois desta do Simão, vou me retirar. Bom dia !
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