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quinta-feira, dezembro 13, 2012
terça-feira, outubro 25, 2011
Samba do Avião
ai ai
Amo.
quinta-feira, junho 30, 2011
Seria feliz se tivesse vivido...
O “Saia Justa” desta semana está divertido. Perguntaram para cada um- inspirados no filme novo de Woody Allen-
Em que época você gostaria de viver três dias se fosse possível voltar no tempo?
Não preciso pensar nadica, eu gostaria de ter vivido três dias no final de 60 com Tom Jobim, Chico Buarque, Vinícius e tantos outros em Ipanema mesmo. Já disse várias vezes que sinto como se tivesse chegado tarde na festa, porque fui ‘vizinha’ de Tom Jobim, mas ele estava vivendo nos Estados Unidos quando cheguei em Ipa. O apartamento está lá, a filha dele, Beth Jobim, estava vivendo ali quando sai do Rio.
Eu sou “apaixonada” pelo Chico, vocês sabem, mas tenho quase certeza de que se tivesse conhecido o Tom, teria me apaixonado. Fiz uns contos com ele e adorei poder amá-lo na ficção. Ficaram tão realistas que parecem relatos verdadeiros.
Esta noite sonhei que me maquiava para uma festa, usava sombras, lápis e tal. Faz tempo que não uso maquiagem, exceto blush e batom- por causa da alergia, da irritação nos olhos. Sem batom eu não vou nem na piscina daqui- impossível- fico muito apagada, feia- quero ser uma velhinha bonitinha, espero, por isso me cuido.
Aqui um dos contos com o Tom personagem.
terça-feira, janeiro 25, 2011
Para Tom Jobim. Insensatez- arquivo

Insensatez*
"Venha, estou te esperando. Desça a Montenegro, entre na terceira, à direita. É um prédio antigo e pequeno no meio da quadra", disse ele.
Eu fui, como sempre. Obedeço aos homens.
Tinha pressa. As mãos suavam ao descer do ônibus no ponto indicado.
Lembro de um sonho em que deslizo pela Rua Prudente de Moraes deserta, desejando alar ao seu encontro.
Na esquina, um bar, mais à frente duas vilas. Adoraria morar no bucolismo de um espaço silencioso, com flores nos jardins. Com este olhar, me deparei com a vila ao lado do prédio dele.
Anoitecia.
Bati à porta, alguém tocava violão, abafando meus toques. Repeti as batidas com mais força. O som do violão cessou. Ruídos de cadeiras e vozes. Ele abre a porta no momento em que eu inspirei fundo, aflita, pensava o que fazer se não me ouvissem.
Havia homens espalhados pela sala, alguns no chão em almofadas, eu era a única mulher. Um deles me olhou com certo desdém, por pouco não me sinto intrusa, apenas porque os olhos dele me observavam e sorriam.
Minutos depois ficamos a sós entre copos e cigarros espalhados sobre o piano, chão, janela. A pequena sala, que dava para a frente do prédio, rescendia a cigarros. Comecei a juntar copos e cinzeiros. "Deixe, depois eu limpo", ele disse. "Limpamos agora, é melhor", respondi.
Eu precisava arranjar coisas para fazer. Não queria que ele percebesse minhas mãos frias e úmidas. Queria mais tempo para me acostumar à idéia de estar ali.
Na pia cheia de copos, garrafas vazias, um gato cinza de olhos azuis muito claros tentava subir.
Ele veio por trás e beijou minha nuca. Me desvencilhei caminhando em direção à janela. "Veja o Cristo, dá para vê-lo, não sei até quando..."
Eu senti seu hálito de álcool e cigarro. Aquele cheiro me excitava.
Segurou meu rosto entre as mãos em taça, beijou meus lábios sorvendo meus mistérios (ou me sorvendo?). De olhos fechados eu adivinhava o rosto que amei no primeiro encontro. Abri os olhos para conferir. Seus braços me envolviam. Aos poucos fomos nos afastando da janela. Debruçando-se sobre mim, deitou-me no sofá, abrindo, com dedos ágeis, caminho para a minha entrega plena.
Um dia ele viajou, precisava ir a trabalho, disse. Não voltou. Eu chorava desolada. Enviei uma carta, por um amigo comum, onde dizia:
“Desde sua partida minha vida é só tristeza e melancolia. Não sei viver assim. Volte”.
Meses depois recebo um telefonema. Era Vinícius, dizia que tinha algo para mim. Fui até lá e ele me cantou, jamais esquecerei, esta música, como um recado do Tom:
“Chega de saudade
... Não quero mais esse negócio de você longe de mim,
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim"...
Ele voltou, anos depois. Soube pelos jornais.
* Este conto eu fiz para um concurso intitulado Bossa Nova do Estadão. Era preciso ter a frase de 'Chega de saudade'. Selecionaram vários, não lembro quantos. Não peguei nem resfriado, aliás... nunca pego resfriado hihihi
Acho que ficou muito carioca. Eu gosto, me sinto nos braços de Tom, nunca é demais sonhar.
E, pra quem não sabe, eu quase fui sua vizinha, morei no 97, Nascimento Silva, ele no 107, mas em 1970, quando fui para lá ele já vivia fora- nos States, acho. Eu amava o Tom. Ainda amo, pra mim não morreu, apenas partiu.
Viva Tom Jobim!
Tom nasceu em 25 de janeiro. Ainda vive no nosso imaginário- é eterno.
quinta-feira, janeiro 07, 2010
terça-feira, dezembro 08, 2009
15 anos sem Tom
Este cara faz falta- pelas ideias, pela delicadeza. Era naturalmente fino, lindo - o mais belo de todos os brasileiros músicos. As melodias ficaram, mas poderíamos ter muitas outras inspiradas na natureza, nas mulheres.
Saudades de Tom.
Lembro do dia em que morreu, tão triste... eu estava no Rio e fui para Cabo Frio , era um fim de semana, uma sexta, acho.
sexta-feira, outubro 23, 2009
"Cadê meu amor que o vento levou?"
No último programa da série
"A Música Segundo Tom Jobim",
dirigida por Nelson Pereira dos Santos para a TV Manchete em 1984,
Tom mostrou esta canção ainda inacabada-
"Passarim"
Esta letra é de doer.
Emociona ver Tom, lindo, como sempre.
Estas pessoas em volta tiveram o privilégio de vê-lo em cena tão bonita.
Passarim
Tom Jobim
Composição: Antonio Carlos Jobim / Paulo Jobim
Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro partiu mas não pegou
Passarinho, me conta, então me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Me diz o que eu faço da paixão?
Que me devora o coração..
Que me devora o coração..
Que me maltrata o coração..
Que me maltrata o coração..
E o mato que é bom, o fogo queimou
Cadê o fogo? A água apagou
E cadê a água? O boi bebeu
Cadê o amor? O gato comeu
E a cinza se espalhou
E a chuva carregou
Cadê meu amor que o vento levou?
(Passarim quis pousar, não deu, voou)
Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho, me conta, então me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Cadê meu amor, minha canção?
Que me alegrava o coração..
Que me alegrava o coração..
Que iluminava o coração..
Que iluminava a escuridão..
Cadê meu caminho? A água levou
Cadê meu rastro? A chuva apagou
E a minha casa? O rio carregou
E o meu amor me abandonou
Voou, voou, voou
Voou, voou, voou
E passou o tempo e o vento levou
Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho, me conta então, me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Cadê meu amor, minha canção?
Que me alegrava o coração..
Que me alegrava o coração..
Que iluminava o coração..
Que iluminava a escuridão..
E a luz da manhã? O dia queimou
Cadê o dia? Envelheceu
E a tarde caiu e o sol morreu
E de repente escureceu
E a lua, então, brilhou
Depois sumiu no breu
E ficou tão frio que amanheceu
(Passarim quis pousar, não deu, voou)
Passarim quis pousar não deu
Voou, voou, voou, voou, voou
Cadê o amor que Deus me deu?
O vento levou...
segunda-feira, outubro 12, 2009
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