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terça-feira, junho 21, 2011
Marque na agenda- Miguel Nicolelis
Vejam a agenda « Blog da Companhia das Letras
Vão conhecer o Miguel Nicolelis- gente finíssima e candidato ao Nobel- eu acho o máximo! Via Cia das Letras
segunda-feira, janeiro 31, 2011
A rua que não querem asfaltar em Natal
Miguel Nicolelis enviou, via twitter, para nós a foto da rua do Instituto de Neurociência em Natal- Bairro Candelária.
Sem comentários.
sábado, janeiro 29, 2011
O papo do cientista Miguel Nicolelis com os blogueiros sujos
Foto daqui
Ontem conheci o Miguel Nicolelis. Fui ao encontro dos blogueiros progressistas do RN.
Eu havia escrito outro dia que Nicolelis estava no Twitter. Eu não duvidei do @MiguelNicolelis – talvez por ter recebido a informação de fonte segura.
Sempre que alguém insinua que o virtual é um espaço cheio de bobagens e sacanagens, respondo que depende de quem usa- sou muito seletiva, e converso diariamente com pessoas muito interessantes.
Pois é, fiquei amiga virtual do Nicolelis e ontem tive o prazer de conhecê-lo num encontro super simpático na Livraria Siciliano no Midway.
O convite era para o nosso cientista falar sobre redes sociais. Nicolelis começou dizendo que falaria sobre algo que não conhece, pois está há apenas 13 dias no Twitter.
É um grande comunicador, em poucos dias conversou com muitos de nós, é rápido no gatilho, com respostas inteligentes e divertidas. Óbvio, que também fala dos projetos, responde sobre questões sérias. Algumas pessoas pedem orientação sobre problemas. Entrei num site onde havia uma entrevista dele e me surpreendi com a quantidade de gente em desespero, pedindo dicas sobre Alzheimer, Parkinson... Muito triste. E ainda há quem critique o cientista, dizendo que temos muito analfabetos, estas coisas... Há muita gente que não gosta de quem gosta do Brasil- ontem ele definiu os blogs progressistas como espaços de gente que ama o Brasil- talvez tenha toda razão- porque os outros torcem para que o país dê errado.
A teia social, como ele prefere à rede- é um conceito muito melhor, principalmente vindo de um neurocientista. Bom, a rede fisgou o Miguel, como ele prefere ser chamado. Logo que entrou algumas pessoas duvidaram, acreditaram ser um fake. Ok., há muitos fakes, mas quem o seguia e conhecia um pouco da vida dele, sabia que “ele é ele” . Miguel brincou muito com esta questão da identidade no Twitter e ontem na palestra usou como fio condutor de sua fala. “Como provar que eu sou eu?”. “Qualquer um pode ser eu, não importa”. E citou algumas coisas que ele disse para nós no TT (twitter), como: sou neto de Dona Lygia, filho de Dona Giselda e torcedor do Palmeiras... Miguel conta que foi fascinante alguém ter duvidado de sua identidade, nunca havia acontecido antes- ele sabia quem era e bastava. E por ai ele segue num papo muito inteligente e divertido. Diz que nós não somos quem pensamos que somos, que nosso self é frágil e não é isso tudo que pensamos ser.
Bom, eu não entrei com questões psicanalíticas- não era hora- mas Lacan, relendo Freud, diz isso. O nosso ser é dividido- somos sujeitos alienados desde o início, desde a primeira identificação- alienados neste sentido de pensar que sabemos quem somos e, no entanto, sermos um mix de influências culturais. O
cientista acrescentaria: e consangüíneas, suponho. Vejam o vídeo aqui.
Fiz uma pergunta que não foi ao ar por falta de conexão. Perguntei algo assim:
A gente sonhou com o impossível, íamos atrás, e hoje vemos os jovens com mais dificuldades, com adolescências tardias, muitos diante de vestibulares com poucas vagas disponíveis, num mercado cada dia mais competitivo e cada dia mais amplo- não sabemos que nova profissão haverá daqui há 3 anos. Citei um rapaz que tentou arquitetura e número de vagas é mínimo. Como orientar um jovem? Como despertar-lhe o desejo de perseguir seu sonho?
Miguel Nicolelis respondeu que ele não deve desistir, não ceda pelo caminho mais fácil, que faça a prova do ENEM e vá atrás do sonho onde for possível- pode tentar em outros lugares do Brasil- do Amapá ao RS.
Falamos também sobre os concursos. Ele disse que quem passa num concurso se aposenta na hora que entra para o órgão público- em troca de segurança, abdica de um provável sonho. É preciso arriscar.
Outro dia ouvi alguém dizendo que a nossa geração- os mais velhos- vimos os pais melhorarem de vida aos poucos, crescemos sentindo as mudanças lentas do padrão de vida dos pais.
Nossas férias, quando pequenos, eram na casa de um tio na praia, depois um hotelzinho, mais tarde uma casinha própria numa praia próxima. Hoje as crianças nascem de pais mais velhos- muitos já têm um padrão de vida alto- e acreditam que ao sair da Universidade- ou ao entrar na vida adulta- deveriam estar com casa, carro, celulares de última geração, cursos de línguas... coisas almejadas por todos no mundo capitalista.
Bom, a vida é muito mais difícil do que desejaríamos que fosse e é preciso saber superar os obstáculos- não desistir.
Miguel Nicolelis não precisa provar quem é, precisa mostrar por atos quem é. Foi isso que ele disse, eu entendi.
Para vocês verem que nem tudo na vida do Nicolelis é fácil, pelo contrário. Leiam aqui.
Ontem conheci o Miguel Nicolelis. Fui ao encontro dos blogueiros progressistas do RN.
Eu havia escrito outro dia que Nicolelis estava no Twitter. Eu não duvidei do @MiguelNicolelis – talvez por ter recebido a informação de fonte segura.
Sempre que alguém insinua que o virtual é um espaço cheio de bobagens e sacanagens, respondo que depende de quem usa- sou muito seletiva, e converso diariamente com pessoas muito interessantes.
Pois é, fiquei amiga virtual do Nicolelis e ontem tive o prazer de conhecê-lo num encontro super simpático na Livraria Siciliano no Midway.
O convite era para o nosso cientista falar sobre redes sociais. Nicolelis começou dizendo que falaria sobre algo que não conhece, pois está há apenas 13 dias no Twitter.
É um grande comunicador, em poucos dias conversou com muitos de nós, é rápido no gatilho, com respostas inteligentes e divertidas. Óbvio, que também fala dos projetos, responde sobre questões sérias. Algumas pessoas pedem orientação sobre problemas. Entrei num site onde havia uma entrevista dele e me surpreendi com a quantidade de gente em desespero, pedindo dicas sobre Alzheimer, Parkinson... Muito triste. E ainda há quem critique o cientista, dizendo que temos muito analfabetos, estas coisas... Há muita gente que não gosta de quem gosta do Brasil- ontem ele definiu os blogs progressistas como espaços de gente que ama o Brasil- talvez tenha toda razão- porque os outros torcem para que o país dê errado.
A teia social, como ele prefere à rede- é um conceito muito melhor, principalmente vindo de um neurocientista. Bom, a rede fisgou o Miguel, como ele prefere ser chamado. Logo que entrou algumas pessoas duvidaram, acreditaram ser um fake. Ok., há muitos fakes, mas quem o seguia e conhecia um pouco da vida dele, sabia que “ele é ele” . Miguel brincou muito com esta questão da identidade no Twitter e ontem na palestra usou como fio condutor de sua fala. “Como provar que eu sou eu?”. “Qualquer um pode ser eu, não importa”. E citou algumas coisas que ele disse para nós no TT (twitter), como: sou neto de Dona Lygia, filho de Dona Giselda e torcedor do Palmeiras... Miguel conta que foi fascinante alguém ter duvidado de sua identidade, nunca havia acontecido antes- ele sabia quem era e bastava. E por ai ele segue num papo muito inteligente e divertido. Diz que nós não somos quem pensamos que somos, que nosso self é frágil e não é isso tudo que pensamos ser.
Bom, eu não entrei com questões psicanalíticas- não era hora- mas Lacan, relendo Freud, diz isso. O nosso ser é dividido- somos sujeitos alienados desde o início, desde a primeira identificação- alienados neste sentido de pensar que sabemos quem somos e, no entanto, sermos um mix de influências culturais. O
cientista acrescentaria: e consangüíneas, suponho. Vejam o vídeo aqui.
Fiz uma pergunta que não foi ao ar por falta de conexão. Perguntei algo assim:
A gente sonhou com o impossível, íamos atrás, e hoje vemos os jovens com mais dificuldades, com adolescências tardias, muitos diante de vestibulares com poucas vagas disponíveis, num mercado cada dia mais competitivo e cada dia mais amplo- não sabemos que nova profissão haverá daqui há 3 anos. Citei um rapaz que tentou arquitetura e número de vagas é mínimo. Como orientar um jovem? Como despertar-lhe o desejo de perseguir seu sonho?
Miguel Nicolelis respondeu que ele não deve desistir, não ceda pelo caminho mais fácil, que faça a prova do ENEM e vá atrás do sonho onde for possível- pode tentar em outros lugares do Brasil- do Amapá ao RS.
Falamos também sobre os concursos. Ele disse que quem passa num concurso se aposenta na hora que entra para o órgão público- em troca de segurança, abdica de um provável sonho. É preciso arriscar.
Outro dia ouvi alguém dizendo que a nossa geração- os mais velhos- vimos os pais melhorarem de vida aos poucos, crescemos sentindo as mudanças lentas do padrão de vida dos pais.
Nossas férias, quando pequenos, eram na casa de um tio na praia, depois um hotelzinho, mais tarde uma casinha própria numa praia próxima. Hoje as crianças nascem de pais mais velhos- muitos já têm um padrão de vida alto- e acreditam que ao sair da Universidade- ou ao entrar na vida adulta- deveriam estar com casa, carro, celulares de última geração, cursos de línguas... coisas almejadas por todos no mundo capitalista.
Bom, a vida é muito mais difícil do que desejaríamos que fosse e é preciso saber superar os obstáculos- não desistir.
Miguel Nicolelis não precisa provar quem é, precisa mostrar por atos quem é. Foi isso que ele disse, eu entendi.
Para vocês verem que nem tudo na vida do Nicolelis é fácil, pelo contrário. Leiam aqui.
quinta-feira, janeiro 20, 2011
O neto de Dona Lygia perto das estrelas
Foto Revista Época*
Estes dias Miguel Nicolelis entrou no Twitter. É... o nosso cientista mor está lá conversando com todos, sem pedantismo, numa generosidade que acredito só pessoas raras têm. Mesquinhos não alcançam lugar de destaque.
Há anos li sobre Nicolelis, eu estava em Natal, recém chegada à cidade, e foi um sopro de esperança. Vi a foto do lugar onde seria o Instituto, torci para que desse certo. Deu. É uma alegria saber que está cada dia mais perto das estrelas. O menino cresceu olhando para o céu e desejando voar alto como Santos Dumont, que ele gosta de citar- um belo dia surpreendeu o mundo voando sobre Paris- Nicolelis nos surpreende com descobertas sobre nosso cérebro, ainda tão desconhecido O que sabemos dele? Que é uma massa cinzenta com neurônios. Pois o mestre cientista vai mais longe e descobre conexões antes inimagináveis.
Li num blog, quando fui procurar mais sobre ele: “Miguel Nicolelis é o Ademir da Guia da Seleção Brasileira de Cientistas: competente, generoso e modesto”.
Tem mérito e trabalhos apresentados para sentir-se orgulhoso o neto de Dona Lygia. Ele cita sempre a avó. Figura importante em sua formação, dizia-lhe que alçasse voos altos- ele a ouviu. A mãe escritora de livros infantis, também fantasiava, o pai juiz, com os pés no chão. A química certa para um homem especial.
O nosso cientista nasceu em Sampa, no Bexiga- bairro simpaticíssimo- ama ópera e o Palmeiras- é palmeirense roxo. Hoje vive mais nos EUA, onde comanda um laboratório de neurociência em Duke.
Natal cresce e se desenvolve agora com ciência de ponta. Miguel desperta- nos para o novo, para o possível dentro do impossível. Em mim foi como se recebesse uma energia nova. Aos poucos andei perdendo a força. Não tive uma avó Lygia.
Os projetos estão no site. Também poderão ler sobre os prêmios científicos que recebeu e sobre seu nome ter sido cotado para o Nobel aqui.
Aqui vídeos com palestras dele e entrevistas.
Uma sabatina da Folha aqui.
Uma boa entrevista aqui.
* Vocês não acham que ele se parece com Spielberg? Quem sabe nosso Miguel, neto de Dona Lygia, o brasileiro cientista, um dia será tão famoso quanto o cineasta que projetou o ET?
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